terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Fazendo o seu papel.

Assisti somente a um bloco do programa Roda-Viva ontem na TV Cultura. Após isso, fui tomado por uma queimação no estômago e tive que mudar de canal. (estava passando Procurando Nemo na Globo, não pude deixar de ver.) No centro da roda, o presidente do STF, Gilmar Mendes. Em volta, sua base aliada. A âncora do Programa, Lilian Wite Fibe, lançou uma pergunta sobre a revisão da lei da aninstia e a punição dos torturadores. Em seguida imendou a frase de Mendes de que terrorismo também era crime imprescritível. GM ficou em cima do muro, não respondeu que era favor, nem contra a medida. Mas aí, Reinaldo Azevedo, o melhor levantador da noite, pediu a palavra. Fiquei ancioso pelo seu questionamento e derrepente aparece na tela a figura de chapéu, eu me preparo em casa, meu coração começa a bater mais forte, Reinaldo vai para a cobrança, a cena passa em câmera lenta na minha cabeça, eeeeeeeeeeeeeee... é goooooooooooooolllllllllllll!!! Ele simplesmente não fez pergunta nenhuma ao presidente do STF. Somente disse que analisou a constituição e verificou que tortura não é crime imprescritível. E que somente terrorismo se enquadrava neste tópico. Depois, pediu a palavra novamente. Para fazer alguma pergunta espinhosa ao chefe do judiciário? Não, claro que não. Para chamar a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, provável candidata do PT á presidência, de terrorista. Não satisfeito, pediu a palavra denovo. E aí ele estava nervoso. Saiu em defesa da jornalista Andreia Michael, que publicou uma metéria na Folha de S.Paulo avisando DD de sua prisão. Azevedo, visivelmente nervoso, disse que se Michael quisesse avisar DD de alguma coisa, ela não publicaria uma matéria no jornal de maior circulação do Brasil e, sim, avisaria pessoalmente ao banqueiro. Boa Reinaldo, os leitores de seu blog (o mais influente do Brasil) estão orgulhosos de você.

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