quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A mania das mensagens otimistas.

Acho que um dos principais trunfos de um filme, é quando você o assiste várias vezes, e cada vez que assiste, descobre uma coisa diferente. Por isso que a trilogia “O Poderoso Chefão” é a minha favorita. Mas de um tempo para cá, os filmes não te fazem mais pensar, e sim ficar abismado com os efeitos especiais.
Esse final de semana eu assisti “O dia em que a Terra parou”. O filme conta a história de um ET que pousa no planeta com o objetivo de salvar a Terra dos humanos. O filme é sem sal. O roteiro é fraco e as atuações ruins. Os efeitos são bons. Mas o que eu quero dizer é que, no final, passa-se a mensagem de que os humanos ainda podem salvar a Terra se formos capazes de mudar as nossas atitudes.
Sinceramente, os filmes de hoje são feitos para vender produtos. Camisas, bonequinhos e, principalmente, hipocrisia. Você vai ao um cinema e toma um tremendo sermão do país que não respeitou o protocolo de Kyoto, do país que invadiu o Iraque sem nenhuma prova das armas químicas, do país que apóia o massacre israelense em Gaza.
Um filme para passar a mensagem, deve incomodar. E não é isso que a maioria deles passa. Você começa a assistir sabendo como vai terminar. Hoje os filmes de super-heróis são mais reais do que filmes que envolvem pessoas reais. Hoje um filme para ser bom, deve seguir uma sequência lógica.
Cada vez mais eu vou no cinema para dar risadas e assistir desenhos. Se que quiser direções e roteiros bem elaborados, fico em casa assistindo seriados. É o que você devia fazer também.

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