Foi-se o tempo que o time de futebol era sustentado unicamente pela grana das arquibancadas. O tempo em que não se tinha transmissão de televisão, patrocínios no peito, ombros, calções, testa etc. O tempo em que “qualquer” Corinthians e Juventus lotava o Morumbi. Lotar não com 60 mil, mas com 100 mil.
Hoje o time de futebol depende de muitas coisas. Direitos de TV, patrocínios até empresários emprestando dinheiro está sendo aceito de bom grado. Dívidas enormes forçam os times a colocar o patrocínio do peito maior até que o símbolo. Para contar com Ronaldo, o Corinthians aumentou preço de ingresso, liberou o calção para a patrocinadora do fenômeno anunciar e muitas coisas mais.
Mas desde o ano passado, não só o Corinthians como muitos outros clubes redescobriram que o torcedor pode gerar receita e vem criando cada vez mais promoções de marketing. Camisa quando caí, camisa quando sobe, camisa para celebrar vinda de jogador, camisa para celebrar títulos antigos, filme disso, livro daquilo. Não importa. O que importa é lançar produtos novos. E em 2008 tivemos á prova de que isso dá certo.
Ao invés de limitar o torcedor a comprar uma camisa que custa quase 200 reais, os clubes lançaram produtos oficiais mais baratos. Uma camisa de uma linha mais simples que custe 50 reais. Essa foi a aposta da diretoria do Corinthians. Se aproveitar de um ano de queda para a segunda divisão e aproximar o torcedor do time.
Mas o marketing não para por aí. Este ano o Corinthains já lançou muitas lojas próprias em vários shoppings, assim como o São Paulo. O tricolor que vai abirir uma loja de sua rede na Oscar Freire, rua das grifes na cidade de São Paulo. A estratégia é muito mais para causar impacto, do que para dar lucro. Mas a idéia é muito boa. Existem prejuízos que valem à pena.
Ainda temos muito o que aprender com os europeus, por exemplo, que já tem sua marca própria. Mas acho que dar ao torcedor a chance de ajudar o time sendo tanto com 150 reias, como com 30, é um bom começo.
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