segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

“Maysa” deixa a desejar.

Terminou na sexta-feira a minissérie “Maysa, quando fala o coração.” A produção falou da polêmica cantora dos anos 50 e 60, mãe do diretor Jayme Monjardim. Apesar da ótima personagem e das inúmeras loucuras que ela cometeu, que poderiam dar uma ótima série, “Maysa” deixou a desejar.
Claramente quando foi planejada por Monjardim e Manoel Carlos, era para ser rodada em mais capítulos. Mas a Globo, diante da baixa audiência de outras minisséries, resolveu que a história da cantora deveria ser contada em 9 capítulos. Não deu outra, a produção parece mais um longa metragem dividido em capítulos. Não teve a profundidade que deveria ter. Por exemplo, não mostra quase nada da época do flerte com a bossa nova. A cantora aparece cantando Tom Jobim e Vinícius de Morais, sem contar nada da história de como se conheceram. O único personagem do mundo da bossa que apareceu foi Ronaldo Boscoli.
Muitas produções da Globo merecem críticas por tentarem romantizar demasiadamente alguma passagem histórica. Como aconteceu com muitas dessas produções de início de ano. Mas “Maysa” tinha tudo para ser boa. O personagem era bom, os atores (a maioria deles) eram bons, o roteiro era bom e a direção também. Só faltou tempo para que a produção desse certo. Uma pena.

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